Cinepipoca: O experimento de aprisionamento de Stanford

Um professor de psicologia realiza um estudo com vinte e quatro voluntários desempenhando os papéis de guardas e prisioneiros em uma prisão simulada na Universidade de Stanford. Logo nos primeiros dias, as personalidades dos voluntários se alteram cada vez mais, os guardas ficam mais autoritários e sádicos e os prisioneiros mais submissos e perturbados. O filme é baseado numa história real.
A história mostra como o psicológico de todos os envolvidos vão se alterando conforme a experiência se passa, inclusive daqueles que conduziam o estudo. Mostra que a linha que divide o mal e o bem dentro da gente é mais fina e frágil do que imaginamos. Por mais que julgamos nos conhecer, pouco sabemos do que somos capazes de fazer em determinada situação.
Até que ponto somos capazes de controlar nossos instintos antissociais?
Até que ponto conseguimos manter a nossa noção da realidade e até que ponto deixamos que manipulem nossa noção de realidade?
Até que ponto aceitamos injustiças, ser injustiçados?
Poucos filmes de terror, com demônios, fantasmas e casas mal-assombradas, tem a capacidade de horrorizar como essa história real. Nós, nosso ambiente, nossa sociedade, podemos ser os piores monstros.

– O que realmente me surpreendeu é que ninguém tentou me impedir… Ninguém questionou minha autoridade. Comecei a cometer tantos abusos e, mesmo assim ninguém falava nada. – Disse um dos “guardas” da falsa prisão.

Efeito Lúcifer

Havia maldade no meio da bondade
No meio da bondade havia maldade

Até quando vai o seu altruísmo?
Quanto vale sua honestidade?
Você odiaria alguém por aquele que ama?
Você seria injusto para combater uma injustiça?
Até que ponto você deixa de ser o que é
Para se encaixar no quebra cabeça da vida?

Será que Deus daria asas
A cobra que habita em mim?
Será que um dia
Precisarei descer ao inferno
Em prol de uma causa divina?

O poder liberta
Ou desperta algo que você aprisionava?
E nem tinha conhecimento
Até que ponto nos conhecemos?
Até que ponto nos mantemos devotos?
Até que ponto servimos?
Nos submetemos
Obedecemos
Você pastaria
Se o seu pastor ordenasse?
Você mataria
Se o coronel mandasse?
Você serviria o café
Que o seu patrão solicitasse?

Até que ponto o diabinho sussurra mais alto
Que o anjinho, próximo ao seu ouvido?